A água é um bem essencial à existência de seres vivos e parece que, por vezes, o ser humano se esquece de que esta é esgotável. É precisamente para relembrar a população em geral da importância do consumo consciente deste bem que, todos os anos, a 22 de Março, se assinala o Dia Mundial da Água.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, a 22 de Março de 1992, um importante documento intitulado “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Um texto que apresenta várias medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água, um bem essencial à sobrevivência dos seres vivos.
Foi precisamente neste sentido, de forma a levar as pessoas a reflectirem, analisarem, consciencializarem-se e, mais importante ainda, elaborarem medidas práticas, que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas implementou o Dia Mundial da Água. Estávamos em 1993 quando se comemorou a data pela primeira vez.
Este é um dia dedicado à discussão sobre os diversos temas relacionados com a água, um dos bens naturais mais importante, havendo, apenas, 0,008 por cento de água potável no planeta.
A situação torna-se mais preocupante quando grande parte das fontes de água própria para consumo (rios, lagos e represas) se encontra contaminada, poluída e degradada pelo ser humano.
De forma a levar as pessoas a pensarem sobre o assunto, todos os anos a ONU escolhe um tema e em 2020 é “Água e mudanças climáticas”, pretendendo, assim, consciencializar todos para a problemática.
Neste âmbito a ONU apresentou um relatório climático, na passada terça-feira (10), que mostra que as mudanças climáticas estão a ter um efeito importante em todos os aspectos do meio ambiente, assim como na saúde e bem-estar da população global.
O relatório documenta sinais físicos das mudanças climáticas e os efeitos indirectos que isso tem no desenvolvimento socioeconómico, saúde humana, migração e deslocamento, segurança alimentar e nos ecossistemas terrestres e marítimo, mostrando que as alterações estão, inevitavelmente, ligadas à questão da água.
Cinco dicas para poupar água
Desligar a torneira enquanto lava os dentes, tomar banho com água corrente, usar a máquina de lavar roupa na sua totalidade, aproveitar a água da chuva para regar plantas ou reduzir o desperdício alimentar são algumas sugestões para economizar e, ao mesmo tempo, ajudar o meio ambiente através da poupança de água.
Quanto gastamos de água com a alimentação?
Mudar os nossos hábitos alimentares pode contribuir para evitar o desperdício de água. Cozer os vegetais a vapor permite poupar neste bem essencial, além de conservar os nutrientes. Para produzir os grãos de café necessários para uma chávena, são precisos 200 litros de água. Para produzir meio litro de cerveja são utilizados 150 litros de água.
2 000 milhões de pessoas sem acesso a água
De acordo com Catarina Albuquerque, relatora da Organização das Nações Unidas, este ano vai ser “uma continuação de 2019, em que mais de 2 000 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável”. Menos de 10 por cento da água consumida no planeta é para consumo humano, enquanto os restantes 90 por cento pertencem à agricultura, indústria e hotelaria.
Água quente congela mais depressa que fria
Pode, à partida, não fazer qualquer sentido. Mas a água quente congela mais depressa que a água fria. A este fenómeno dá-se o nome de efeito Mpemba. No entanto, não existe uma explicação científica para tal, apesar de este efeito já ter sido estudado por Aristótele.
95% do feto humano é constituído por água
A percentagem de água no corpo humano muda em diferentes momentos da nossa existência. Um feto é constituído por 95 por cento de água nos primeiros meses de vida. No entanto, na hora do seu nascimento já só conta com 77 por cento. Num indivíduo com 70 quilogramas existem 42 litros de
água.