Conforme há dois meses se previa, eis que a pandemia Covid-19 atinge Portugal, sem que antes as autoridades responsáveis, a todos os níveis, tivessem cumprido os requisitos mínimos necessários.
Parece até que um “general” sofreu consequências, precisamente aquele que alertou para as falhas do sistema e para o perigo eminente. Dias depois, quem o demitiu, e que deveria estar ao comando das operações, ainda ia triunfalmente ao aeroporto, esperar o primeiro caso confirmado de contaminação.
Sabe-se que este vírus é uma bomba que, numa percentagem muito grande, rebenta em poucos dias com os pulmões dos afectados. Havia que mobilizar todos os recursos…
Na semana que passou, entrei em contacto com a empresa que, em acordo com o Estado, dispõe do maior arsenal privado de oxigeno-terapia. Aí, confirmei, nenhuma orientação fora dada e os ventiladores existentes continuavam livres.
Durante semanas, uma comunicação social dominada por outros vírus, só promoveu a desinformação. E é agora que, atabalhoadamente e à pressa, todo o país é submetido a um “curso de formação intensivo” sobre a transmissão do micróbio.
Nas prisões não há máscaras nem gel desinfectante. E como podia não ser assim se, nem no Palácio de Belém, foram criadas condições de quarentena e de isolamento para proteger o Supremo Magistrado da Nação, hoje em humilhante fuga para Cascais, tal como Dom Manuel II correu, em 1910, para a Ericeira.
Na quarta-feira, quando devia ter sido há semanas, o Conselho de Estado tomou conta da ocorrência.
Tenhamos fé!