A autoridade marítima da Figueira da Foz pediu aos surfistas para evitarem aglomerações na água, nomeadamente na praia do Cabedelo, seguindo as recomendações das autoridades face à pandemia de Covid-19, disse o comandante do porto local.
Na tarde de ontem, de acordo com várias testemunhas no local, cerca de 15 surfistas estavam na água na praia do Cabedelo, junto ao molhe sul do porto da Figueira da Foz, situação que motivou críticas dos próprios praticantes da modalidade, face à actual situação do surto de coronavírus.
Em declarações à agência Lusa, o comandante do Porto da Figueira da Foz, João Lourenço, disse que a Polícia Marítima esteve no local – uma das praias mais concorridas da região para a prática de desportos de ondas – para dissuadir os surfistas de se aglomerarem “num espaço relativamente pequeno, como estava a acontecer” dentro de água.
“Estava bom tempo, havia ondas e é natural que as pessoas quisessem ir surfar. Mas as recomendações das autoridades para evitar aglomerações devem ser cumpridas”, notou o comandante do Porto.
João Lourenço frisou que, face à presença da Polícia Marítima, entidade que adoptou uma “atitude pedagógica” junto dos praticantes de surf, vários regressaram a terra, ficando na água “apenas dois ou três surfistas”.
O comandante do Porto disse, ainda, que a presença dos surfistas no Cabedelo se deveu à vontade de cada um dos praticantes ir surfar e não a qualquer evento ou actividade de escolas de surf que estivesse a decorrer, já que esses “estão proibidos nas praias”, argumentou.
“Mas vai um para a água, depois outro e de repente temos muita gente a surfar e isso não deve acontecer. As aglomerações de pessoas devem ser evitadas e o mesmo serve para os pescadores” – enfatizou João Lourenço.