A Câmara de Cantanhede aprovou a constituição de reservas de meios e recursos humanos para assegurar o funcionamento de todos os agentes municipais de Protecção Civil, face à pandemia de Covid-19.
A autarquia de Cantanhede afirma que a Comissão Municipal de Protecção Civil de Cantanhede “emitiu parecer favorável” à constituição daquelas reservas e reconheceu a “assertividade” das medidas de prevenção já tomadas pelo município, concretamente o encerramento dos serviços de atendimento presencial, fecho de feiras e mercados, suspensão de eventos e interdição de equipamentos e instalações municipais, mas também a criação de uma resposta social que visa dar apoio a idosos isolados, ao nível de alimentação, produtos de higiene e medicamentos.
Citada na nota, a presidente da autarquia de Cantanhede, Helena Teodósio, realçou a “importância das famílias, enquanto primeiros agentes de Protecção Civil”, notando que lhes cabe “proteger todos quantos fazem parte do agregado familiar”.
A autarca sublinhou ainda o papel “fundamental” de cada cidadão “no respeito pelas normas de segurança e na adopção de comportamentos consentâneos com as recomendações das autoridades de saúde”.
A generalidade das entidades que integram a Comissão Municipal de Protecção Civil de Cantanhede – autarcas, bombeiros, GNR e unidades de saúde, entre outras – evidenciaram, porém, os “fortes constrangimentos” que o combate ao surto de Covid-19 está a provocar em várias organizações, “sobretudo pelos mecanismos que é necessário implementar para mitigar a sua propagação e impedir que atinja os grupos populacionais mais vulneráveis a esta doença considerada muito letal”.
Entre os obstáculos identificados “sobressaem as dificuldades em adquirir o equipamento de protecção individual necessário ao desenvolvimento diário das actividades de protecção e socorro, saúde, abastecimento de serviços e bens essenciais, segurança e ordem pública”, tendo a comissão recomendado a necessidade de se equacionarem “novas formas de garantir reservas de funcionários em prevenção para acudir a situações inusitadas em cada área de atuação dos agentes de Protecção Civil”.