O PSD de Penacova mostrou-se, hoje, satisfeito com a saída do concelho da Associação Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), acusando o PS de ter aprovado o tarifário “que a todos revoltou”.
“A APIN é uma criação do Partido Socialista em exercício de funções. Foi o PS que aprovou a adesão à APIN e foi o PS que aprovou o vergonhoso tarifário que a todos revoltou”, afirma a Comissão Politica do PSD de Penacova.
Ao congratular-se com a decisão da Assembleia Municipal (AM) de deliberar pela saída da APIN, o partido afirma que “todo o PS se levantou para derrubar o homem que carregou o PS de Penacova durante três mandatos”, numa alusão ao socialista Humberto Oliveira, presidente da Câmara e do Conselho de Administração da APIN. “O povo obrigou o PS a recuar”, sublinha.
Também o PCP de Penacova congratulou-se, hoje, com a saída da Associação Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), realçando que este desfecho se deve à luta dos cidadãos.
A Comissão Concelhia do PCP “saúda a determinação e luta da população de Penacova” que levou à saída da APIN, “para onde nunca devia ter entrado”.
Os comunistas criticam “a enorme hipocrisia do PS e do presidente da Assembleia Municipal [o socialista Pedro Coimbra], que na manifestação do dia 29 de Fevereiro se escondeu do povo, tendo apenas feito duas breves aparições, abandonando na prática o decorrer dos trabalhos” do órgão autárquico.
“Todo este processo foi delineado, proposto e aprovado pelo PS, nos órgãos em que tem maioria absoluta, Câmara e Assembleia Municipal (AM), assim como pelo PSD, que com a sua abstenção ficou a ver para que lado é que a coisa tombava”, acrescentam.
Ontem (quarta-feira), a AM de Penacova votou por unanimidade (PS, PSD e CDU) a “saída imediata” da APIN, aprovando uma proposta do presidente da mesa, Pedro Coimbra, deputado na Assembleia da República e presidente da Federação de Coimbra do PS.
Corroborando as reivindicações do Movimento Espontâneo de Cidadãos (MEC), que também já se congratulou com a saída de Penacova daquela empresa, a CDU e o PSD tinham apresentado moções próprias em que também preconizavam a saída do município da APIN.
Os dois documentos foram rejeitados pelo PS, contando cada um deles com os votos favoráveis apenas do PSD e da CDU.
A APIN iniciou a actividade em 2019 e tem um plano de investimentos superior a 40 milhões de euros para os primeiros cinco anos de actividade.
A empresa de capitais exclusivamente públicos integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares.