Os danos sofridos pelo Centro Náutico de Montemor-o-Velho com a passagens das depressões “Elsa” e “Fabien”, em Dezembro de 2019, foram hoje apresentados, totalizando cerca de 580 000 euros.
Ainda assim, Ricardo Machado, vice-presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, garante que a preparação olímpica “não será afectada” uma vez que o centro “tem as condições mínimas asseguradas”.
“O centro, neste momento, tem as condições mínimas. É óbvio que se forem ali ao ginásio conseguem encontrar facilmente ginásios com melhores condições de conforto e climatização. Dá para treinar, não é o ideal, mas nós sempre fomos conhecidos por conseguir fazer muito com pouco, estamos a tentar ajustar. Não é o ideal, mas sabemos que em breve irá ser reposta a normalidade e é isso que esperamos”, declarou o dirigente federativo da canoagem.
Questão diferente diz respeito ao Campeonato do Mundo de Juniores e sub-23, agendado para decorrer em Montemor-o-Velho em 2021 e de cuja realização depende a concretização das obras de recuperação do centro náutico, que incidem, entre outras, sobre os pontões de acesso, vias de comunicações e equipamentos de apoio.
“É nossa expectativa que tudo seja solucionado e seja reposta a normalidade. Não nos passa pela cabeça sequer condicionar esse evento por esta situação”, disse Ricardo Machado.
Dos 577 mil euros orçamentados, 125 mil dizem respeito à reposição da torre de chegada, que a Federação Portuguesa de Canoagem quer ver substituída por uma nova, com outras características, dado o equipamento actual (mesmo depois de recuperado) não reunir as condições para as provas internacionais.
“Os prejuízos já estão todos orçamentados, dentro de pouco tempo estará tudo regularizado. A questão da [nova] torre de chegada é um valor bastante elevado, é um investimento que só conseguiremos fazer com a colaboração das federações e do IPDJ [Instituto Português do Desporto e Juventude”, observou José Veríssimo, vice-presidente da Câmara Municipal.