O Grupo de Trabalho: Nuno Freitas; Luís Menezes; Cristina Robalo Cordeiro; Luís de Matos; Carina Gomes, Manuel Rocha e António Pedro Pita
Nos próximos dias 13 e 14 de Março, a cidade de Coimbra vai receber 11 cidades europeias, de 11 países, que entre 2020 e 2024 serão capitais da cultura.
Um evento nunca antes realizado e que o grupo de trabalho da candidatura de “Coimbra a Capital Europeia da Cultura” se orgulha de organizar, na tentativa de “partilhar experiências” entre as várias cidades.
A iniciativa foi divulgada, hoje, pelo grupo que coordena a candidatura, nesta que foi a sua 5.ª comunicação pública.
O evento – designado de “For1C” (e que vem no seguimento de outros dois eventos anteriores) – vai decorrer no Convento São Francisco, no primeiro dia “à porta fechada” e com os agentes culturais das cidades capitais da Cultura; no segundo dia, totalmente aberto à população, convidando todos os interessados a participar.
Este encontro “permitirá a recolha da experiência dessas cidades, quer ao nível da preparação das respectivas candidaturas quer ao nível da sua implementação”, explicou Luís de Matos, coordenador do grupo de trabalho, adiantando que será “um ponto de encontro de culturas e experiências, momento de debate e de partilha, e um contributo inestimável para a candidatura de Coimbra”.
Outra das informações comunicadas pelo grupo de trabalho foi o facto de estarem a elaborar, em parceria com as outras cidades portuguesas candidatas, um documento que reúne as dificuldades comuns, sendo a maior dela “a necessidade de reconhecimento imediato, explícito inequívoco e público do Ministério da Cultura”, a par do financiamento que a tutela pensa atribuir à cidade vencedora e “a urgência de uma calendarização de todo o processo de candidatura”, revelou Luís de Matos.
Carina Gomes, vereadora da Cultura de Coimbra, sublinhou que este é um aspecto importante, até porque “a cidade vencedora não estará apenas a “representar-se a si própria mas também o país, daí a responsabilidade acrescida do Governo”.
O grupo anunciou, ainda, a realização de uma iniciativa, denominada “Remix” e que pretende juntar cidadãos, agentes culturais e responsáveis institucionais num evento de 24 horas, de 26 para 27 de Setembro, que ajude à “à reflexão e à produção”. “Na busca de realizações que motivem, mobilizem, inspirem e deem força à candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura”, realçou o coordenador.
A ser desenvolvido está, também, um estudo no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra sobre os hábitos culturais da população da cidade, cujos resultados finais serão apresentados em Maio, e que revelam, provisoriamente que 91 por cento dos já inquiridos “reconhece o interesse da atribuição do título de Capital Europeia da Cultura a Coimbra”.
Outro dos aspectos focados pelo grupo foi o protocolo com a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, que apoiará e participará “activamente no processo de construção da candidatura”.
Esta comunicação enalteceu, também, o facto de a terceira edição do Orçamento Participativo de de Coimbra estar destinado a projectos culturais, que o grupo espera que “contribuam para dinamizar, transformar e animar a cidade, quer pela realização de eventos localizados no tempo quer pela criação de obras perenes”.
A geração de “novos públicos, revitalização de espaços no concelho, o aumento do conhecimento da cidade e da circulação da informação, bem como contribuir para a auto-estima e o bem-estar dos seus habitantes”, são os objectivos deste projecto, como explicou Carina Gomes.
A autarca sublinhou, ainda, que Coimbra pretende “ser cada vez mais uma cidade tolerante e agregadora, de dimensão europeia” e “envolver a comunidade” nesta candidatura. Realçou, ainda, que “a cultura é uma área distinta nas políticas públicas municipais”, dando como exemplos a recente aquisição do edifício do Salão Brazil, onde decorreu a sessão, e o lançamento da terceira edição do Orçamento Participativo deste ano direccionado para a cultura.
A terminar, Cristina Robalo Cordeiro, um dos membros do grupo, destacou que “nestas sete iniciativas a realizar procura-se cobrir o que é verdadeiramente fundamental, as quatro dimensões: do local ao internacional, passando pelo regional e nacional”.