O Movimento Somos Coimbra (SC) anunciou, hoje, que assume desde já, perante os eleitores, o compromisso de levar o MetroBus à Praça D. Dinis, caso seja escolhido para liderar a Câmara Municipal.
O SC, que tem dois vereadores no Executivo camarário, refere que tem, repetidamente, “alertado para as múltiplas fragilidades do MetroBus, que colocam em causa a sua viabilidade quer técnica quer económica”.
“Uma das mais evidentes é o facto de o traçado previsto para a Linha do Hospital passar apenas na Praça da República, o que significa que muitos utentes do Pólo I da Universidade de Coimbra (UC) não o usarão, mantendo-se o pandemónio de carros que actualmente invadem aquele espaço histórico e monumental”, considera.
Para o SC, “é inexplicável que a substituição do modo ferroviário (metro ligeiro de superfície) pelo rodoviário (MetroBus), que assegura uma maior flexibilidade, resulte na redução de cobertura geográfica, deixando de servir uma das zonas mais congestionadas da cidade, quando a passagem pela praça D. Dinis não apresenta nem dificuldade técnica nem custos relevantes”.
“O Partido Socialista, confrontado por esta grande limitação do projecto, tem proposto remendos que nada mais são do que isso: criar uma linha dos SMTUC entre a Praça da República e o Pólo I e, mais recentemente, colocar uma torre com um elevador junto às Escadas Monumentais”, refere o Somos Coimbra.
Para este movimento, “a linha Praça da República – Pólo I obriga os passageiros a mais um transbordo, com a incerteza, desconforto e perda de tempo que isso representa, o que afastará inúmeros passageiros”.
“O elevador junto às Escadas Monumentais, como vemos pelo exemplo do elevador do Mercado, para além de não ter capacidade para servir simultaneamente muitas pessoas, tenderá a estar inoperacional com frequência e por longos períodos de tempo, caindo rapidamente em descrédito, pois nunca se sabe se funciona ou não. Para além de o impacto paisagístico dessa solução, na zona classificada pela UNESCO, carecer ainda se ser analisado”- considera o SC.
O movimento entende, ainda, que “qualquer destas duas soluções transfere custos que deveriam ser assumidos pelo Governo, que gerirá o MetroBus, para a Câmara Municipal, que ficará com o encargo da manutenção e operação do elevador e da linha dos SMTUC, o que é injusto para os cidadãos de Coimbra que terão de suportar, de forma permanente, os erros do projecto inicial”.
“É claro que é melhor ter estes remendos do que nada, mas o Movimento Somos Coimbra não se conforma com esta forma pequenina e míope de actuar, que tem levado à progressiva decadência de Coimbra e à novela interminável do Metro do Mondego. O Metro é um sistema estruturante da cidade e não pode ser gerido com prejuízo do próprio sistema, dos utilizadores e de Coimbra”, conclui o SC.