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CHUC prevê aumento da colheita de órgãos com novo equipamento

11 de Fevereiro 2020

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) prevê aumentar, já este ano, o número de colheita de órgãos, com a entrada em funcionamento de um novo equipamento que mantém a sua vitalidade em caso de falência.

Segundo Fernando Regateiro, presidente do CHUC, trata-se de um equipamento que “permite suportar a vitalidade dos órgãos do corpo humano nos casos de falência cardiovascular grave refratária e respiratória grave refratária”.

“É um sistema artificial que permite o suporte cardíaco e pulmonar de doentes em falência cardiorrespiratória, com incapacidade para realizarem as trocas gasosas ou de perfusão, capazes de os manterem vivos”, explicou o responsável.

Salientando que se trata de mais uma resposta do CHUC, que “tem sempre de acrescentar algo para se projectar no futuro”, Fernando Regateiro realça que o novo equipamento pretende “optimizar a utilização dos recursos existentes, estendendo situações de paragem cardiocirculatória refratária e ao suporte de dadores de órgãos para transplantes em paragem cardiorrespiratória”.

A instalação desta resposta “é mais uma evidência da permanente preocupação deste Centro hospitalar em se dotar dos recursos mais avançados de que o conhecimento médico e tecnológico permite dispor para oferecer aos seus utentes”.

A entrada em funcionamento do ECMO (técnica extracorporal de “bypass” cardiopulmonar), no dia 09 de Janeiro, e “depois de um longo processo de planeamento e ponderação de vantagens e de ganhos, é mais um passo importante para servir melhor a população da região Centro”.

“Esta é uma das razões subjacentes à profunda confiança dos utentes nos cuidados de saúde prestados pelo CHUC e, seguramente, uma das que sustentam o facto de cerca de 50 por cento da prescrição de ambulatório hospitalar se destinar a doentes de fora do distrito de Coimbra”, sublinhou o presidente do Conselho de Administração.

De acordo com Fernando Regateiro, o CHUC é a unidade do país que mais colheitas de órgãos faz a nível nacional, tendo registado 55 colheitas em 2019, “e pode aumentar agora o número por este procedimento”.

“Cada colheita que se faça, cada órgão que se recolha é uma vida que vamos salvar e faz todo o sentido que seja assim”, acrescentou.