As associações empresariais dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares defenderam, hoje, o fim imediato das portagens na Auto-estrada 13.
Numa tomada de posição conjunta, as quatro estruturas exigem a abolição das portagens naquela auto-estrada, no seguimento da discussão em torno da redução de portagens no Interior.
“A competitividade, crescimento e manutenção das empresas na região depende da existência de vias rodoviárias capazes de responder às suas necessidades e tendo em conta que este território viu-se nos últimos anos privado do Sistema de Mobilidade do Mondego, de alternativa à Estrada da Beira (EN17) e de uma ligação digna ao IP3, a A13 é uma importante via para o desenvolvimento não só económico, mas também do turismo, aproximando o interior a pontos-chave como Lisboa e Porto”, referem as quatro associações.
“O actual Governo comprometeu-se, desde a sua eleição, a mais apoios para as populações do Interior e, nesse sentido, consideramos que o fim imediato das portagens na A13 teria efeitos imediatos na economia local e as populações poderiam sentir-se assim menos desfavorecidas”, acrescentam.
Segundo as associações empresariais, para percorrer 65 quilómetros da A13 entre o nó de Miranda do Corvo e a A23 “um veiculo ligeiro de passageiros paga de SCUT cerca 8,5 euros e gasta em combustível no mínimo oito euros, ou seja, tem um custo de mais de 16,50 euros”.
“Sendo a nossa região um território maioritariamente constituído por micro e pequenas empresas, os custos excessivos desta via compromete a competitividade destas em detrimento de empresas com melhores condições estratégicas e geográficas, provocando a deslocalização de diversas empresas do território em busca de melhores acessos, como temos assistido nos últimos anos”, salientam.
A Associação Empresarial Serra da Lousã, Associação Empresarial de Poiares, Clube de Empresários de Miranda do Corvo e Núcleo Empresarial de Penela apelam à imediata abolição das portagens “pela justa atribuição à população e empresas do muito que lhes têm sido retirado ao longo dos anos”.
“Em Lisboa e no Porto, em 2019, uma das medidas deste Governo foi a redução dos passes dos transportes públicos, portanto é justo que no Interior e face à ausência de uma alternativa devam ser abolidas as portagens na A13, pelo desenvolvimento do território e por um país mais equitativo e mais competitivo”, concluem as associações empresariais.