A cerimónia do Conselho Cultural Mundial, na qual vão ser entregues os prémios Albert Einstein e José Vasconcelos, vai decorrer a 04 e 05 de Novembro na Universidade de Coimbra, anunciou a organização.
No dia 04 de Novembro haverá conferências proferidas pelos vencedores dos dois prémios e pelo presidente do Conselho Cultural Mundial, no Convento São Francisco, sendo que a cerimónia de entrega dos prémios ocorre no dia seguinte, na Sala dos Capelos, segundo o director executivo da entidade, Esteban Meszaros, que esteve em Coimbra em trabalhos preparatórios para o evento.
Esta é a primeira vez que o evento ocorre em Portugal, tendo já tido como anfitriões instituições como a Massachusetts Institute of Technology, a Universidade de Oxford ou a Universidade de Princeton.
Segundo o responsável, o evento vai estar associado à própria celebração dos 730 anos da Universidade de Coimbra, que arranca a 01 de Março, estando previstas várias iniciativas culturais e científicas até à cerimónia em Novembro.
A cerimónia e o programa cultural associado deverão ter um custo de “centenas de milhares de euros”, afirmou o vice-reitor da Universidade de Coimbra Delfim Leão, escusando-se a avançar com um número exacto.
De acordo com este responsável, ao longo do ano haverá outras intervenções associadas ao Conselho Cultural Mundial, nomeadamente “algumas conferências com nomes muito fortes e com ressonância mundial” ligados à própria história do Conselho Cultural Mundial, onde figuram vários prémios Nobel, disse.
Delfim Leão referiu que a cerimónia de entrega dos prémios vai começar na Biblioteca Joanina e terminar na Sala dos Capelos, e que estará revestida de “um simbolismo muito forte”, num ritual à imagem dos doutoramentos ‘honoris causa’ atribuídos pela Universidade de Coimbra.
Os vencedores do Prémio Mundial de Ciências Albert Einstein (atribuído anualmente) e do Prémio Mundial de Educação José Vasconcelos (atribuído de dois em dois anos, intercalando com o Prémio Mundial de Artes Leonardo da Vinci) deverão ser anunciados em meados de Junho, referiu o director executivo do Conselho Cultural Mundial, Esteban Meszaros.
O processo de selecção começa com propostas das cerca de 2 000 universidades de todo o mundo associadas à entidade, sendo depois encurtada a lista, cuja decisão cabe aos membros do júri do Conselho Cultural Mundial.
O Conselho Cultural Mundial é uma organização internacional sem fins lucrativos, fundada no México, em 1982, por um grupo de 124 cientistas, académicos, presidentes de universidades e executivos dos cinco continentes, com a missão de promover uma cultura de tolerância, paz e fraternidade.
Desde 1984 que a instituição realiza cerimónias anuais para atribuir o Prémio Mundial de Ciências Albert Einstein, o Prémio Mundial de Educação José Vasconcelos e o Prémio Mundial de Artes Leonardo da Vinci, que já distinguiram largas dezenas de cientistas, académicos e artistas de relevo mundial.
Os prémios de 2019 incluíram a entrega do Prémio Mundial de Artes Leonardo da Vinci ao produtor de cinema Paulo Branco (o primeiro português a ser laureado).
Antiguidade da UC pesou na escolha
A antiguidade da Universidade de Coimbra (UC) foi “um factor importante” para o Conselho Cultural Mundial escolher esta instituição portuguesa como anfitriã da cerimónia deste ano, na qual vão ser entregues os prémios Albert Einstein e José Vasconcelos, disse a organização.
“A tradição é importante para nós e, como os prémios são baseados no percurso das pessoas, a antiguidade de Coimbra foi um fator importante e decidimos escolhê-la”, disse à agência Lusa o director-executivo do Conselho Cultural Mundial, Esteban Meszaros.
Esta é a primeira vez que o evento ocorre em Portugal, tendo já tido como anfitriões instituições como a Massachusetts Institute of Technology, a Universidade de Oxford ou a Universidade de Princeton.
Segundo Esteban Meszaros, Portugal já estava “no mapa”a organização há muito tempo, sendo que agora surgiu a oportunidade, encontrando disponibilidade por parte da Universidade de Coimbra para ser anfitriã.
Questionado sobre se a Universidade de Coimbra procurou ser anfitriã do evento, o vice-reitor Delfim Leão disse que “a maior proactividade foram os 730 anos de história da instituição”.
“O convite representa um reconhecimento internacional da instituição, não apenas da sua duração, mas também do que representa no momento”, vincou.
Para Delfim Leão, mais importante do que a audiência na cerimónia, que vai decorrer a 04 e 05 de Novembro, será a exposição por todo o mundo, associada aos prémios que são entregues. “Esta é claramente uma janela que temos aberta para o mundo”, salientou.