À segunda foi de vez que a Assembleia Municipal de Coimbra aprovou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o corrente ano, o que deveria ter acontecido em Dezembro, mas os documentos foram chumbados.
O que se passou desde aí até agora foi que o Executivo socialista, que anteriormente não pareceu dado a entendimentos, teve de se chegar à frente e ir falar com a CDU (PCP), que tem um vereador a tempo inteiro e com pelouro da Câmara.
Para além dos eventuais ganhos para os cidadãos do concelho de Coimbra que se conseguiu obter, o essencial é que o entendimento evidenciou o que desde há muito os presidentes de Junta de Freguesia diziam: não conseguiam fazer obras.
Isto fica agora reconhecido nas palavras textuais do presidente da Câmara, Manuel Machado, que declarou, como compromisso: “Recuperação dos desvios na execução das obras pelas freguesias, garantindo a entrega dos projectos necessários à conclusão das obras de todas as Juntas de Freguesia referentes aos anos 2017, 2018 e 2019, durante o 1.º semestre deste ano e, até Setembro deste ano, das obras do ano de 2020, cujas propostas tenham sido apresentadas pelas respectivas Juntas de Freguesia durante o 1.º trimestre deste ano, desencadeando-se o processo de consulta às freguesias logo após a aprovação do Orçamento em Assembleia Municipal, de forma a possibilitar que estas apresentem os planos no prazo solicitado”.
Aqui fica registado, porque aquelas palavras não foram escritas na areia, nem devem ser levadas pelo vento.