Curiosamente, há canções que começamos a trautear em certos momentos. Esta foi uma delas:
«Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho (…)
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr’a me tramar!».
Esta canção de Carlos Tê e Rui Veloso surgiu a propósito do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, ter visto as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para este ano chumbados, em bloco, por toda a oposição.
Para uns, o “dinossauro” dos autarca, que preside à associação de todos os presidentes de Municípios do país, saiu mais forte e pode vitimizar-se, pois enfrentou um muro que se ergueu contra ele. Para outros, saiu mais enfraquecido e tem de dar a mão à palmatória.
Depois de, a nível, nacional, o PCP ter retirado o apoio que estava a dar ao Governo do PS, por Coimbra também o vereador comunista da CDU, Francisco Queiroz, votou contra o Orçamento e foi seguido pelos seus camaradas da Assembleia Municipal.
Que razões tem, agora, Manuel Machado, para manter o eleito da CDU na vereação da Câmara a tempo inteiro e com pelouro?
Depois de terem desaparecido as estrelas de Natal vamos ver o que está escrito no céu…