Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, confirmou, hoje (05), à agência Lusa que os cidadãos que desejarem podem retirar a madeira acumulada nas últimas semanas nas praias da região.
As inundações que ocorreram a montante da Figueira da Foz, litoral do distrito de Coimbra, e o forte caudal do rio Mondego levaram até à marina da cidade, praias interiores dos molhes do porto comercial (Forte e Cabedelinho) e aos areais marítimos de ambas as margens uma quantidade anormal de detritos, desde jacintos-de-água (planta invasora fluvial que não sobrevive à água salgada) até troncos de árvores.
“Relativamente às praias, que diz directamente respeito à Câmara, nós estamos a limpar e concertámos com o senhor comandante da Capitania que os populares que, cumprido a lei, queiram tirar [madeira] possam tirar. Mas nós estamos a fazer essa limpeza”, afirmou Carlos Monteiro.
O autarca avisou, no entanto, que continua a chegar “muito material” lenhoso à foz do Mondego “todos os dias”, manifestando que não será possível “manter as praias sem madeira” nos próximos tempos.
Uma das praias mais afectada pela deposição de madeira é a do Cabedelo, a sul do Mondego, onde a mancha de detritos florestais se estende por mais de um quilómetro, até à zona do hospital distrital.
Já sobre a remoção dos detritos na zona da marina, Carlos Monteiro disse acreditar que esse trabalho de limpeza será realizado pela administração portuária, que tem a jurisdição daquela área.